quarta-feira, fevereiro 02, 2005  

Seidi Sara
Senhoras e senhores, a família Peçanhovits tem o prazer de apresentar o mais novo membro da nossa família: Seidi Sara, a cadela vadia. Pra começar: a idéia foi da Dani. Eu jamais pegaria um cachorro pra criar. Mas a patroa queria porque queria de um bicho de qualquer maneira. O motivo eu não sei. Enfim. Agora já é tarde demais e Seidi Sara já conquistou um canto em nossa casa.

Ela chegou na quinta-feira da semana passada, mas já tivemos momentos marcantes juntos. Mais precisamente, um momento marcante para o banco de trás do nosso carro. Levamos a bicha ao veterinário e ela tremia de medo. Ao sair da clínica, olho pelo retrovisor e vejo um animal curvado, fazendo força. Como se o espelho não refletisse a verdade, me viro para constatar o pior: sim, a cachorra tinha largado um barro no banco do meu carro.

E como fedia. E como era gorda a cagada. Em desespero procurei um estacionamento e fui bem claro: “Dani, você inventou essa história de cachorro. A obra é tua.” Puto da vida, saí do veículo com a cã. Felizmente havia uns produtos de limpeza na mala e, em dez minutos, a obra de arte de Seidi Sara era apenas uma lembrança fedorenta.

Deixei a Dani no trabalho e segui com a cachorra pra casa. Nós moramos a 10 minutos do jornal. É bem perto. Mas é longe o suficiente para a cachorra enjoar e, sem cerimônias, decidir que aquele era um bom momento para dar uma vomitada. Sim, a cadela vadia resolveu chamar o raul no mesmo lugar em que acabara de cagar. Dessa vez não fiquei puto, fiquei em transe. Levei a cachorra pra casa e, em resignação, depois voltei pra limpar.

O incidente aconteceu no nosso segundo dia com Seidi Sara. Foi amor à primeira vista. Desde pequeno eu sempre sonhei em ter um cachorro que cagasse e vomitasse no meu carro.

posted by Sergio | 11:35 AM
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